sexta-feira, 27 de junho de 2014

MEIA DE FLORIPA O2 - 2014

Rápida como Berlim
Plana como Chicago
Fria como Nova Iorque
Bonita como Floripa.

Assim é denominada pela organização a Meia de Floripa O2, uma das provas mais importantes de Santa Catarina que aconteceu em Florianópolis no dia 08/06/2014 e está em sua quarta edição (minha segunda participação).




A prova teve largada na Beira Mar Continental (Balneário Estreito) e incluiu as pontes Pedro Ivo Campos e Colombo Sales, que fazem ligação ilha/continente, no percurso. Esse detalhe criou grande expectativa, já que em 2013 o mesmo percurso foi anunciado mas modificado em cima da hora por falta de liberação, deixando muitos atletas frustrados.

Os kits foram entregues nos dias 06 e 07/06 no Majestic Palace Hotel em Florianópolis e as inscrições abriram a um valor de $99,90 (kit básico, composto por camiseta manga longa, sacola de treino, gorro e medalha [pós evento]).

Foram premiados com troféus os três primeiros colocados (masc./fem.) nas distâncias 5km, 10km e 21km e os demais atletas receberam medalha de participação. A largada estava marcada para às 07h e foi organizada por baias de ritmo baseadas em resultados de provas anteriores.



Minha inscrição para a meia foi presente do dia das mães, assim como foi em 2013, eu estava com boas expectativas com relação ao resultado e meu objetivo era repetir um sub 2h.

A previsão do tempo para o dia da prova era de chuva, frio e vento forte. A previsão realmente se confirmou, choveu bastante dias antes do evento e na madrugada de sábado, véspera do grande dia, foi uma ventania desatada, mas amanheceu sem chuva, porém não por muito tempo, logo após a largada começou a chover e não parou mais. Domingo cinzento de chuva, frio e corrida.

Desta vez quem me acompanhou foi minha mana Silvia (muito obrigada mana!!), chegamos cedo mas encontrei poucos amigos, prova com grande número de participantes é assim mesmo, todo mundo junto e misturado, tentando se achar mas nem sempre conseguindo. Encontrei alguns Loucos por Corridas já na largada, mas logo nos separamos, pois cada um foi em busca do seu objetivo pessoal.

Houve um atraso de pouco mais de dez minutos para a largada e considerei-a um tanto tumultuada. O primeiro km foi um "Deus nos acuda" pois todas as distâncias largaram juntas, desta forma alguns atletas correram pelas calçadas, pelos canteiros tentando se livrar do congestionamento. Segui costurando tentando encaixar um ritmo confortável sem saber ao certo em qual pace estava. É nessas horas que sinto mais falta de um relógio com GPS.
Beira Mar Continental, quase chegando, uffa!!
Seguimos pela Beira Mar Continental em direção a ponte Pedro Ivo Campos, ainda não chovia e a galera dos 5km já se preparava para fazer o retorno. Somente os atletas dos 10km e 21km cruzaram as pontes, duas faixas foram reservadas para os corredores e duas para os veículos, desta forma o trânsito fluiu tranquilamente.

Terminando o trecho da ponte seguimos em direção a Beira Mar Norte passando pelo primeiro elevado, já chovia fraco e encontramos muitas poças pelo caminho. Confesso que achei o clima desta prova diferente, o mal tempo espantou as pessoas que costumam prestigiar as corridas e a Beira Mar estava praticamente vazia. Senti falta até dos fotógrafos pois só os vi até o retorno dos 10km, a partir daí eram somente os atletas e os sttafs nos postos de hidratação.
Fazendo uma graça.
O retorno dos 21km foi no Elevado do CIC, quando fiz a volta senti um vento mais forte e um pouco de frio, chovia e o tênis estava encharcado. Não lembro a última vez que sofri com calos em corridas, mas desta vez uma bolha marcou presença em um dos dedinhos do pé esquerdo me fazendo lembrar a todo tempo que a rapadura é doce mas não é mole... Apesar de gostar de correr nessas condições climáticas, estava estranho, eu ora sentia frio, ora calor, uma loucura muito louca.
Comecei a fazer as contas pra saber se seria possível um sub 2h, até daria, não fosse ainda ter pela frente o segundo elevado e a subida da ponte Colombo Sales (km18 aproximadamente). Manter o ritmo na subida nesta hora do campeonato seria difícil. Por outro lado saber que faltavam apenas alguns kms para o fim da prova motivava e era nesse pensamento que me apegava.

Finalmente cheguei na cabeceira da ponte, a subida não foi fácil e o ritmo caiu bastante como já era esperado, comecei trotando pra não dar o gostinho de caminhar e perdi um tempinho precioso. Quase no topo nosso amigo médico Cristiano Bulsing passa cheio de gás, dá uma incentivada mas não consigo acompanhá-lo. Sigo naquele ritmo "devagar e sempre", fiz uma graça para a fotógrafa na saída da ponte e continuei firme rumo à Beira Mar Continental para o fim da prova. Próximo ao pórtico ouço os gritos da minha irmã, toda molhada na torcida: "taca-le pau, Simone!!". Estava feito: 2h02:35.

A foto ao lado expressa toda minha felicidade por completar mais uma prova.
Quando crianças era esse o pedido que fazíamos as nossas mães: "Mãe, deixa eu correr e brincar na chuva?"
Das janelas imaginávamos correr entre as poças, deixando a água da chuva lavar nosso corpo e alma...
Foi assim que nos comportamos neste domingo chuvoso, como crianças felizes, que não se amedrontam nem se escondem dela, fomos todos pular nas poças, brincar na chuva, molhar os tênis e correr pro abraço.
Essa é a sensação que fica, sensação única de liberdade, sensação de felicidade plena.
E o gesto das mãos representa toda força e garra que existe dentro de cada um de nós. Somos todos vencedores, desde o primeiro até o último atleta a cruzar a linha de chegada.





Concluindo:

Aqui na cidade onde moro as pessoas associam meu nome à corrida. Alguém sempre me encontrou correndo em algum lugar, e isso é muito legal. Apesar de não ter resultados mirabolantes eu consigo transmitir todo amor que sinto pelo esporte e consequentemente contagiando e inspirando algumas pessoas a iniciarem uma atividade física ou até a arriscarem as primeiras corridinhas. Fico feliz demais por isso, pois sei o quando será importante para melhorar a qualidade de vida dessas pessoas.
Só peço a Deus saúde pra seguir em frente,"Correndo e Renascendo" e coragem pra encarar novos e irresistíveis desafios.
Obrigada pela visita, bons treinos e até breve!!!

7 comentários:

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  2. Relato bem completo sobre tudo. Nem preciso escrever a respeito no meu blog. Já tá tudo aqui. Legal as pessoas nos verem e relacionar com alguma coisa boa, né? Comigo também acontece isso. "E aí, corredor?", "como vão as corridas?", "correndo muito?" e por aí vai. Rumo ao sub 2 horas em alguma meia maratona. Mas chegando já tá bem bom. Parabéns! \o/

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    1. Oi Enio,
      Tá bem mastigadinho e longoooo, né? A ideia é tentar fazer quem não pode comparecer se sentir lá, viajar nos detalhes da prova e curtir a leitura.
      Verdade, também ouço muito essas perguntas, e sinceramente, gosto muito, respondo com maior prazer.
      Isso aí, rumo ao sub 2h, chegar realmente já tá bom, mas se chegar com um resultado bacana é melhor ainda, né?
      Obrigada pela visita e pelo recadinho tão carinhoso. Grande abraço.

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    2. Se a intenção é passar as emoções e fazer a gente sentir que correu ao seu lado, você é fera nisso. Parabéns, Simone. Adorei o relato. Sua prova foi linda. Tenho muito orgulho de ti e estou morrendo de saudades.
      super beijo
      Helena
      Blog Correndo de bem com a vida
      @Correndodebem

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    3. Oh minha amiga querida, fico tão feliz por todo esse carinho, fico toda boba, confesso!! Como sempre fiquei frustradinha com o resultado, mas foi só no primeiro momento, depois caiu a ficha de que o importante mesmo é correr e ponto final.
      Também estou com saudades de você, espero que nosso reencontro não demore muito.
      Beijão.

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  3. lindo o relato ... sou sua fã minha irmã "atleta e escritora" ...
    pode contar sempre comigo
    Silvia Vieira

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    1. Obrigada mana, sei que posso contar sempre com vcs, meus amores!
      Beijão.

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