quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

INDOMIT COSTA ESMERALDA ULTRA-TRAIL 2015

A prova mais difícil que já fiz.
Minha primeira Ultramaratona.
"No km 40, pensei que estava morto
 No km 45, desejei estar morto
 No km 48, senti que estava morto
 No km 50, vi que havia me tornado forte demais para morrer". (Eduardo Keller)

Comecei meu relato compartilhando as palavras de um atleta que completou os 50 km em 2014.
Acredito que a mensagem simbolize todo sofrimento de uma ultramaratona.
Quando me perguntam como foi possível, não sei responder. Somos como máquinas programadas para executar uma tarefa e, se tudo der certo, você só vai parar quando chegar no fim.
Em nenhum momento pensei em desistir, mas por algumas vezes precisei segurar as lágrimas. Lágrimas de emoção por descobrir que ultramaratona nada mais é que um processo único de autoconhecimento...
A prova, que está em sua segunda edição, aconteceu no dia 07/11 nos municípios de Bombinhas e Porto Belo e contou com as distâncias de 100 km/ 80 km/ 50 km/ 21 km/ 12 km/ 5 km.
As largadas aconteceram em sequência, iniciando em Porto Belo às 00h. Foram seis largadas no decorrer do dia em diferentes pontos. Essas largadas em onda estavam sempre interligados, desta forma os atletas se encontravam e se dirigiam para uma única chegada em Porto Belo/SC, transformando o percurso em uma festa colorida regada a muita adrenalina e animação.

A entrega dos kits aconteceu nos dias 05 e 06/11 no Hotel Atlântico em Mariscal (Bombinhas).
Os congressos técnicos foram divididos por distâncias e aconteceram em horários diferentes, no dia 06/11. A premiação por sua vez, aconteceu no dia 08/11 no mesmo local da entrega dos kits.

A ideia de participar da Ultramaratona surgiu depois que completei minha primeira maratona (asfalto) em agosto deste ano, Maratona Internacional Caixa de Santa Catarina.
Tive uma experiência positiva, o que me deixou confiante e cheia de entusiasmo. Comecei a fazer os cálculos, levando em consideração a diferença do asfalto para montanha. A ideia foi ganhando força e amadurecendo lentamente até que, através do apoio fundamental de Danilo Pinheiro de Bombinhas/SC, meu sonho se tornou realidade num piscar de olhos...

A largada dos 50 km aconteceu às 8h em Sertão de Santa Luzia (Porto Belo). Eu e Denise Ventura, saímos juntas de casa e éramos pura ansiedade. Lá encontramos Ana Clara e Gabriela Azevedo, entre outros conhecidos. Iniciamos a prova todas juntas, papeando, correndo em um ritmo confortável e aquecendo o corpo. Mas a vida fácil não durou muito tempo, após alguns kms de terreno plano chegamos ao pé do primeiro morro e já teve que ser na caminhada...

Era certo que encontraríamos as trilhas em péssimas condições devido as chuvas das últimas semanas em nossa região. A expectativa era grande e as informações que chegavam só aumentavam nossa ansiedade. A situação de fato era delicada, tanto que a organização entrou com plano B, modificando alguns trechos de algumas distâncias, tudo para garantir a segurança dos atletas. Falando em segurança, preciso destacar o trabalho dos staffs, que muitas vezes se encontravam em lugares de difícil acesso, se mantendo ali por horas e horas sem perder o entusiasmo. Parabéns, galera!!

Iniciamos as trilhas. Neste momento apenas eu e Denise continuávamos juntas. Foram muitos trechos dentro da mata, paisagens incríveis, muita, mas muita lama. Muitas subidas. E foi em uma dessas subidas que encontramos Tatiana Fernandes, amiga querida que também teve papel importantíssimo nesta minha experiência. Seguimos então as três, dando risada, fofocando e curtindo.
Cada passagem pelos postos de abastecimentos era um momento de renovação. Fartura. Praticamente um piquenique. Sopa, torta salgada, amendoim, biscoito doce, água de cocô, água, coca-cola, isotônico, batata-frita, frutas... e isso é apenas o que lembro. Sensacional!!

Depois de muita trilha e lama, chegamos na praia de Zimbros. Atravessamos riachos onde pudemos tirar o excesso de lama dos tênis. Logo depois chegamos na Praia do Canto Grande, a maré estava alta e os pés afundavam na areia fofa. Passei a sentir cansaço devido ao esforço nas trilhas e o joelho machucado começou a se manifestar. Foi aí que pedi que as meninas seguissem sem mim, ficamos juntas até onde deu, mas era hora de cada uma seguir seu caminho... Não foi fácil vê-las se afastando. Fiquei com medo de me abalar psicologicamente, mas felizmente em nenhum momento pensei no pior, continuei firme intercalando caminhada e corrida até concluir aquele trecho desgastante de praia...

Trecho de praia concluída, seguimos por uma rua de calçamento e caímos na praia de Mariscal. Mais uma extensão longa de praia pela frente... Consegui correr com mais tranquilidade já que a areia era batida e o chão mais firme. Ao fim da praia tinha um posto de abastecimento, local que reencontrei com Tati. Depois de comer e hidratar retornamos juntas. Denise já havia deitado o cabelo...

Fiz a prova com tênis de asfalto e tive bastante dificuldade nas trilhas por conta da lama. Precisei fazer muita força para me equilibrar e não cair, mesmo assim foram alguns tombos e escorregões. Não sabia até onde minhas panturrilhas aguentariam e não demorou para os temidos repuxos começarem, percebi que não seria fácil completar a prova.

Na mochila carreguei tudo que achei que pudesse precisar. Mas durante a prova fui adiando a hora de parar. Na realidade o que não está ao nosso alcance no momento, fica esquecido ou deixado de lado...


Saindo de Mariscal seguimos a jornada em direção à praia de Quatro Ilhas. Hora de encarar o morro que liga as duas praias. Subida forte com terreno asfaltado. O sol estava fritando e o calor judiando dos atletas.
Depois da passagem por Quatro Ilhas, chegamos na praia de Bombinhas. Momento emocionante, pois fomos recepcionadas pelas pessoas com aplausos e palavras de incentivadas, inclusive pelas crianças, que vibravam com nossa passagem. Estar ali significava mais de 40 km percorridos.
Chegamos enfim na Praia de Bombas. Combinamos de correr até o posto de abastecimento que estava montada no fim da praia. Ali ficamos sabendo que viria mais uma trilha. Trilha do morro do Araçá.
No início da trilha já era preciso escalar as pedras, subida íngreme e com muita lama. A lama do mundo todo estava exatamente ali. Minhas panturrilhas gritavam, ameaçando travar a qualquer momento.

Saindo da trilha iniciamos um trecho de estrada de chão que mesclava subidas e descidas. Tati já conhecia essa parte do percurso e seguia relatando o que encontraríamos pela frente. Minha fisionomia estava abatida e a vontade de caminhar só aumentava.
Chegamos finalmente no último posto de abastecimento, já em Porto Belo. Apenas 6 km nos separavam da linha de chegada. Agora seria apenas asfalto com sobe e desce. Acredito que se Tati não estivesse comigo eu tivesse caminhado mais, mas diante de seu incentivo, seguíamos correndo.
Enfim avistamos a Marina de Porto Belo, principal referência da tão desejada chegada. Foi um turbilhão de emoções...
Quando chegamos na praia falatava menos de 1 km, olhei pra frente e vi meu esposo vindo ao nosso encontro, desabei no choro, fiquei muito emocionada... emocionada principalmente por pensar que ele ficou por quase 8h torcendo e esperando pacientemente por minha chegada. Obrigada amor, nem tenho palavras para agradecer...
Mais alguns metros e pronto, a prova estaria concluída. Era tanto tempo em movimento que parecia que nunca mais chegaríamos. Mas dobramos a última esquina e lá estava o portal. Cruzamos a linha de chegada de mãos dadas comemorando muito nossa conquista.

Me classifiquei em 20° no geral feminino (59 concluintes) e 6° na categoria 30/39 anos. Foram 7h47:29 de esforço, de luta psicológica e de vontade de alcançar meu objetivo.



Tão importante quanto um físico treinado, é uma mente forte e segura.
"Você vai precisar suportar...", frase muito usada quando o assunto é ultramaratona. E tenho que admitir que faz todo sentido... Durante esse desafio foi realmente preciso suportar o sofrimento e desejar profundamente cruzar a linha de chegada.
Que essa tenha sido a primeira de muitas ultras aventuras, que eu possa viver outros momentos como este e que continue encontrando anjos pelo meu caminho. Anjos que nem sempre usam asas para voar, mas sim tênis para correr...


Um agradecimento especial:
Danilo Pinheiro, pelo apoio fundamental.
Minhas amigas ultras, pela parceria e companheirismo.
Sérgio Coan, pela parceria através da Academia Just Gym e Grupo de Corrida Just Gym (Thiago Silva).
Adriano Bastos Treinamento Esportivo pelo treinamento até aqui.
Agradeço também aos amigos e familiares que torcem por mim, em especial meu esposo Almir, que tanto me apoia nessas aventuras, amo-te. Muito obrigada!!

Indomit Costa Esmeralda Utra-Trail deixou saudade. Deixou um gostinho de quero mais. E quando a sensação é essa, pode ter certeza que tudo valeu a pena!!!!!!
Que venha 2016!!!

terça-feira, 1 de setembro de 2015

MARATONA INTERNACIONAL CAIXA DE SANTA CATARINA 2015


Enfim, MARATONISTA!!!!

A Maratona Internacional Caixa de Santa Catarina, organizada pela Latin Sports, aconteceu no dia 16/08/2015 no centro de Florianópolis-SC.
O evento contou com as distâncias de 42 km, 10 km e 5 km.

A entrega dos kits aconteceu na sexta-feira e sábado (14 e 15/08) na loja Track&Field do Shopping Iguatemi em Florianópolis.
A prova teve largada na Avenida Beira Mar Norte, em frente ao trapiche, às 6h50 para a elite feminina e às 7h para os demais atletas da maratona. Para quem optou pelas distâncias alternativas a largada aconteceu às 8h30.

A Maratona de Santa Catarina foi uma grande surpresa para mim. Minha participação não foi planejada, nem os treinos foram feitos pensando nela. Meus objetivos estavam todos voltados para uma prova de revezamento (montanha) que aconteceria no município de Bombinhas/SC na mesma data da maratona.

Mas aconteceu um imprevisto e os planos não se confirmaram. Diante da situação resolvi aceitar o convite de dois amigos (Bruna Silva e Ricardo Pastrana) e correr a maratona em Floripa.
Nunca tive coragem de encarar uma maratona. Por medo sim, confesso. Mas por respeito também. Maratona não é uma brincadeira, ela exige comprometimento e dedicação e nunca me senti preparada de fato.
Mas tudo tem um momento certo de acontecer e acredito que segui um caminho natural.
Um trote na esteira. Uma volta no quarteirão. A primeira prova de 6 km . Logo após uma de 10 km. 21 km. Provas de montanha. Treinos regulares até que chegou a vez da tão desejada maratona.
Depois de muita leitura a respeito, estava claro que um dos principais erros dos estreantes em maratonas está relacionado ao ritmo. É natural sentir-se bem até metade da prova, e esse "estou bem" induz o atleta a acelerar o passo prejudicando assim seu resultado.

Porém a grande dúvida que rondava minha cabeça não estava relacionada a isso, mas se eu seria ou não capaz de suportar toda distância correndo, se eu estava bem condicionada para encarar tamanho desafio, seja em qual ritmo fosse.
Largamos sentido UFSC em busca do primeiro retorno. O sol ainda estava tímido, mas prometia despertar com força. Apesar de ser mês de agosto, largamos com uma temperatura atípica e os termômetros já registravam 20°C às 7h da manhã.
Tivemos que ter cautela e vez ou outra puxar o freio de mão. A paciência é um fator importante para quem está debutando em uma maratona e arriscar neste momento não estava em nossos planos.
O retorno ao trapiche marcava km 14. Os atletas se preparavam para a largada dos 10 e 5 km. Confesso que senti um alívio por não ter que correr naquele ritmo frenético das provas mais curtas. Fiquei feliz por estar ali, só no sapatinho, curtindo. Porém essa sensação de conforto não duraria por muito tempo...

Seguimos então rumo ao Trevo da Seta na Via Expressa Sul, nosso próximo retorno. Trecho longo e solitário. Depois da passagem pelo túnel Antonieta de Barros via-se praticamente só os corredores. Uns indo, outros já voltando. Todos tentando se manter firmes depois dos 23 km percorridos até ali.

No km 25, aproximadamente, Ricardo decidiu reduzir o ritmo e nos separamos. Eu e Bruna seguimos um pouco mais a frente conversando menos, tentando poupar energia. Decidimos ali que caso uma de nós estivesse se sentindo melhor, seguiria em frente. O que um pôde fazer pelo outro foi feito, dali para frente seria cada um por si.

Na saída do túnel eu e Bruna fomos nos distanciando lentamente e cada uma traçou sua própria estratégia.
A proximidade do km 30 alegrava, mas também assustava, pois muito se comenta sobre o "muro" da maratona.
Mas surpreendentemente ainda me sentia bem, porém consciente de que tudo ficaria mais difícil a cada km.
O evento foi preciso no quesito hidratação e ofereceu a cada 3 km aproximadamente, água; gatorade; coca-cola e sache de sal.      
A segunda passagem pelo trapiche significava 32 km na conta.
O termômetro registrava 23°C e minha bateria já começava a entrar no vermelho.
A contagem regressiva já havia começado e agora faltava apenas ir até o último retorno que ficava um pouco depois do elevado do CIC (km 37) e retornar.

Antes de chegar no retorno, Ana Clara me encontrou de bike e foi me acompanhando até o fim.
Os últimos 4 km foram obviamente os mais difíceis. Mas saber que faltava tão pouco fazia brotar forças não sei de onde.

Mais a frente Marcelo Martins se juntou a nós e seguimos os três, rumo a linha de chegada. Nem que eu quisesse eles me deixariam desanimar. Grande apoio, sem dúvida. Fica registrado meus sinceros agradecimentos.
Passar pela placa que indicava km 40 foi emocionante. Era a certeza de que a maratona estava concluída.
A essa altura os termômetros já registravam 26°C e os 2 km restantes pareciam realmente não ter fim...

O pórtico foi ficando cada vez mais próximo e nos últimos metros pude escutar as pessoas aplaudindo, torcendo e comemorando.
Ouvi gritarem meu nome e abri um sorriso do tamanho do mundo. Faltava muito pouco e eu já transbordava de felicidade.
Foi surpreendente. Foi emocionante. Foi inesquecível. Completei a maratona em 4h07:42, 25° mulher a concluir a prova e conquistei 3° lugar categoria 35/39 anos.

Infelizmente por alguma razão fui inscrita na categoria 25/29, e só pude contestar e comprovar minha idade em outro momento.Mas o que importa é que tudo foi corrigido e meu medalhão está a caminho. \0/ \0/ \0/
Resumo essa experiência em uma palavra: Superação!
Chegou a minha vez. Enfim, MARATONISTA!!

"Maratona é uma prova que exige planejamento. Em qualquer ponto do trajeto, a velocidade precisa levar em conta os quilômetros que faltam, o menor erro de cálculo coloca tudo a perder. 
Do primeiro ao último colocado, todos testarão o limite das forças".  
(Drauzio-varella)




Sempre considerei pouco provável correr uma maratona. Por infinitos motivos me considerava psicologicamente frágil. Todos dizem que maratona é "cabeça" e isso me amedrontava...
Mas é incrível a força que temos dentro de nós. É como se fossemos uma maquina programada para executar uma tarefa. Foi assim que me senti...
Completar essa maratona foi a chacoalhada que faltava para acreditar mais em mim mesma. Não me sinto melhor que ninguém, sinto-me apenas mais confiante, pronta para enfrentar qualquer desafio. Hoje sei que posso, basta me comprometer, basta acreditar, basta querer verdadeiramente!!

Obrigada pela visita, bons treinos e até breve!!!!                                                                                          

quarta-feira, 8 de julho de 2015

MEIA MARATONA DE BALNEÁRIO CAMBORIÚ 2015.

Meia Maratona de Balneário Camboriú, denominada a mais charmosa do litoral de Santa Catarina, está em sua 5° edição e conquistou lugar no calendário dos atletas que não abrem mão de uma corrida de qualidade. 
O evento é organizado pela Corre Brasil, empresa com marca consolidada no cenário de Eventos Esportivos no estado de Santa Catarina, e que vem se renovando através de um calendário estratégico, onde apostam em provas inéditas, novas cidades e excelentes parcerias.

Com largada na Barra Sul, em frente ao Parque Unipraias, os atletas percorrem a Avenida Atlântica, chegando à Estrada da Rainha, seguem em direção a Praia Brava (Itajaí) e retornam à Barra Sul, completando os 21 km solo ou em dupla.
A prova oferece ainda corrida de 5km e maratoninha infantil (100m e 200m) para a criançada.

Além de todo charme desta imperdível meia maratona, existe um fator diferencial que atrai os atletas, o desafio Estrada da Rainha. O preparo físico deve estar em dia, porque depois de completar a temida subida os atletas precisam ter fôlego para repetir o esforço no retorno.
Essa foi minha segunda participação no evento. Participei em 2014 e foi meu pior resultado em meias maratonas (2h07:20). Tudo teve uma explicação, mas não importa agora. Só sei que prometi voltar e encarar novamente essa prova desafiadora.
A data se aproximou, a cortesia pintou, a vontade transbordou e o esposo concordou. Sendo assim, seguimos rumo à Balneário Camboriú para participar de mais um meia maratona, minha 5° oficial no asfalto.

A entrega dos kits aconteceu no sábado (18/04) das 13h30 às 19h no Parque Unipraias e a  largada dos 21km estava marcada para às 7h e a corrida de 5km para às 7h15 do domingo (19/04).
Agradeço a meu amigo Enio pela gentileza de retirar meu kit, facilitando minha vida.
Um detalhe importante sobre o evento é o valor da inscrição. As inscrições abriram à $40,00 (1° lote promocional), $60,00 (2° lote), $70,00 (3° lote), e $85,00 (4° lote). 
Podemos observar que o valor do último lote é mais baixo do que o valor que outras provas cobram já de início. Sem contar que o evento ofereceu premiação em dinheiro para os primeiros cinco colocados gerais dos 21 e 5 km masc/fem. Premiou também as três primeiras duplas masc./fem./misto com troféu e os três primeiros colocados de cada faixa etária (meia maratona).

Já na largada, depois de todo blá blá blá run (como diz minha amiga Helena), era hora de concentrar e focar no objetivo. 
Percorri os primeiros 5 km na companhia do Enio e Nilton do Pod Cast Por Falar em Corrida, e garanti um bom tempo para um começo de prova. A subida da Estrada da Rainha fiz na tranquilidade, alternando trote e caminhada, depois tentei recuperar o tempo perdido acelerando na descida.

Hidratação perfeita, policiamento presente garantindo a segurança dos atletas e orientando os motoristas, staff's envolvidos, interagindo, clima contagiante no posto de troca do revezamento, enfim, organização nota 10. Outro destaque do percurso é a passagem pela Praia Brava (Itajaí), acrescentando muito charme e beleza ao evento.

Segui correndo espiando vez em quando o relógio. O garmin avisava a passagem de cada km e eu ia controlando a situação, mas nem por isso deixava de curtir o belo visual e aproveitar todo aquele clima contagiante de superação que tomava conta da galera.

O retorno da Estrada da Rainha é menos íngreme e mais contínua, pensei em fazer toda subida correndo, mas ficou inviável. Aproveitei a breve caminhada para hidratar e curtir o magnífico visual. 
A última descida por sua vez, era até difícil acelerar pela sua inclinação, tinha que puxar o freio de mão e chegava a ser desconfortável.

Faltando uns 4 kms encontrei meu esposo, que foi caminhando à meu encontro, e trazia com ele uma garrafinha de suco de limão geladinho, ainda consigo sentir o gostinho... Pequenos gestos de grande importância marcam e ajudam a superar momentos delicados e cansativos como o fim de uma prova longa. 

Estava perto o fim da prova... Tentei manter o ritmo, tentei acelerar, tentei, fui tentando, tentei a prova inteira... 
Enfim o tapete, o pórtico, a torcida, os amigos, o locutor... Enfim a conclusão de mais uma meia maratona. 
Objetivo alcançado, tempo: 1h58:58.

Na chegada tem alegria, tem melancia, banana, laranja, maça. 
Na chegada tem água, isotônico, bate-papo e risadas. 
Na chegada tem descontração, emoção e tem cansaço também, claro! 
Mas acima de tudo, tem a sensação de dever cumprido. Sensação de que toda caminhada pra chegar até ali valeu a pena!!

......................... ****

Evento super recomendado. Preço justo, bem organizada, percurso muito bonito. Pretendo voltar, com certeza!!
Este vídeo abaixo contém o resumo do percurso, pra quem se interessou, vale dar uma conferida.

Obrigada pela visita, bons treinos e até breve!!

quarta-feira, 6 de maio de 2015

BLACK TRUNK RACE 2015


"Insanidade é fazer sempre a mesma coisa várias e várias vezes esperando obter resultados diferentes". (Albert Einstein)
Desafie seus limites!
E se por acaso seu desafio não for nada fácil, não desista, apenas trate de ficar mais forte.

Black Trunk Race é uma corrida de obstáculo inspirada em treinamentos militares que oferece aos atletas muita diversão, adrenalina e superação de seus limites. Os obstáculos tem como objetivo dificultar o percurso colocando à prova a capacidade física e mental dos participantes.

O local escolhido para a 5° edição foi mais uma vez a Fazenda Coelho, localizada no município de Biguaçu. A organização surpreendeu com um percurso totalmente modificado e obstáculos inéditos, quem foi pensando que já conhecia o "caminho das pedras" por ter participado da 3° edição que foi no mesmo local, se enganou.
Com distâncias de 5 e 10 km (individual e equipe) a prova teve largada às 9h para os atletas dos 5 km e logo após para os corajosos dos 10 km. Tentou-se assim evitar os congestionamentos.
O clima da prova é de muita descontração, a galera logo entra na brincadeira. Brincadeira sim, mas para muitos brincadeira de gente grande. Entre os homens a competição é acirrada e as mulheres também fazem bonito.
Com obstáculos cada vez mais elaborados, a organização da Black Trunk Race tem deixado a criatividade rolar solta. Nesta edição o "carro chefe" dos comentários e risadas pós-prova foi sem dúvida o tobogã. Se tivéssemos tempo para analisar, creio que muita gente não desceria, mas diante de tanta adrenalina ficava impossível parar para refletir (risos).
Era muita lama, lama pra todo lado, em toda parte do corpo, confesso que cheguei até a provar seu sabor...

Os ingredientes dessa receita de sucesso mudam a cada edição. Desta vez enfrentamos tapete de pneus, travessias em lagos, subidas carregando saco de areia, cama de gato, escalada de paredões, tobogã de lama, arrasto sob arrame farpado, valas, arrasto de pneu pela corda, etc. E pra quem fez os 10 km, teve mais subidas, muitas subidas!!

Essa é minha 4° participação na Black Trunk Race. Já perguntei-me diversas vezes porque gosto tanto desse estilo de corrida, já que, dependendo do objetivo de cada um, pode não ser nada fácil.
A resposta sempre busco e encontro nas lembranças... Lembro que depois de transpor um obstáculo a sensação é incrível, nos descobrimos muito mais fortes do que julgamos ser, e apesar de cansativo é deliciosamente prazeroso.


Durante a prova você se depara com seus próprios medos. Como não sei nadar, as travessias em lagos são sem dúvida meus maiores obstáculos. Apesar de saber que toda segurança é oferecida aos atletas, encarar de frente aquilo que te paralisa é uma experiência assustadoramente gratificante.
Gosto da frase que diz: "sua mente determina, seu corpo realiza". E isso não significa chegar na frente, significa apenas chegar, cumprir, realizar, cada um a seu tempo.
Meu objetivo era diversão, estou sempre em busca da satisfação que cada prova nos proporciona, mas também era melhorar meu tempo.
Unir as duas coisas creio que seja um belo desafio pessoal. As mulheres ainda estão preferindo a distância de 5 km, mas a cada edição o número de participantes cor de rosa tem aumentado. Todas estão de parabéns porque a batalha foi forte, mas a vitória de cada uma foi certa!!
A primeira colocada nos difíceis 10 km foi absoluta do começo ao fim da disputa, demonstrando garra, determinação e grande habilidade.
A segunda colocada (1h15min) também pode se orgulhar de sua conquista, pois fez o seu melhor.

Nos últimos metros consegui escutar o locutor dizendo: "Simone, é de Biguaçu hein gente, é da terra, vamos aplaudir...".
Emocionante!!



O que me faz querer voltar? As lembranças... Ah, as lembranças...


E os amigos não deixaram de registrar a chegada. Muito obrigada meus queridos: Nínive, Jean, Lena, Marcos.
Obrigada pela visita, bons treinos e até breve!!

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Obrigada pela visita, bons treinos e até breve!! 

quinta-feira, 30 de abril de 2015

MARATONA DE REVEZAMENTO CAIXA PONTA DO PAPAGAIO GUARDA DO EMBAÚ 2015.

Obrigada, eternas parceiras!!
Desde que comecei a correr tenho tido muita sorte. Sorte em todos os sentidos, mas em especial nas parcerias que venho conquistando.

As provas de revezamento tem um lugar especial em meu coração, pois são responsáveis por momentos inesquecíveis que vivi, momentos tão intensos quanto suas próprias lembranças, que enchem meu coração de orgulho.

Cada parceria foi única. Tive a sorte de conhecer pessoas maravilhosas. Tive o privilégio de compartilhar com elas sonhos e objetivos, dividir medos e inseguranças e ver multiplicada toda felicidade depois de uma prova concluída.

"Amigos pra sempre
Bons amigos que nasceram na fé
Amigos pra sempre
Pra sempre amigos sim, se Deus quiser!"

Maratona de Revezamento Caixa Ponta do Papagaio Guarda do Embaú 2015 foi mais uma prova que optei pela modalidade REVEZAMENTO.
Com duas participações (trio em 2013 e 30km solo em 2014) e ainda indecisa sobre qual modalidade fazer em 2015, recebi uma proposta de uma amiga (Bel) para substituí-la em sua dupla. Minha companheira seria Nínive Costa Melo, moradora de Biguaçu, minha amiga e integrante do "Grupo de Corrida Just Gym", do qual também faço parte.
Não disse que tenho sorte? Convite aceito, substituição devidamente registrada, era hora de correr em parceria mais uma vez.
Sob organização da Acorsj, a prova aconteceu no dia 08/02 e contou com modalidades variadas, indo desde individual 10, 21 e 30km até revezamento em dupla, trio e quinteto.
Praia da Pinheira, Guarda do Embaú, Praia do Sonho, Ponta do Papagaio e Baxio fizeram parte do percurso deste evento desafiadorAs largadas aconteceram às 7h15 para os atletas dos 30km e 7h30 para os demais atletas, desta forma tentou-se evitar congestionamentos nas trilhas.

Decidimos, no dia da prova, que eu faria a largada, correndo a parte das trilhas e Nínive faria o trecho 2, passando a régua.

Guarda do Embaú.
Largamos na Praia da Pinheira sentido Guarda do Embaú, pequeno trecho de asfalto e seguimos por uma estrada de chão. Esses primeiros kms a galera aproveitou para "deitar o cabelo", já que logo adiante iniciariam as trilhas e morros e consequentemente os já tradicionais congestionamentos.

Meu trecho foi tranquilo, segui em ritmo moderado, cuidando para não acelerar demais no início da prova. São nessas trilhas que faço meus treinos aos fins de semana e nas férias, portanto as dificuldades são bem familiares pra mim.
Homenagem à ACORBI - Associação de Corredores de Rua de Biguaçu.
Trecho concluído com sucesso, era a hora de passar o bastão para minha parceira... Ah, o bastão... O que dizer da utilização deste objeto em prova de montanha/trilha?
Eu não gosto nem um pouco, tanto que bolamos uma maneira de não levá-lo nas mãos. Amarramos um cordão e fizemos um colar. Pronto, resolvido!!

Feito a transição, era minha vez de ficar na torcida. Fiquei acompanhando a saída de Nini, enviando vibrações e energias positivas. Já fazia forte calor e certamente não seria fácil concluir a segunda parte da prova (Praia da Pinheira inteira, ida e volta, totalizando quase 12 km).


Jean, namorado de Nínive, dando todo apoio à dupla.
Depois de algum tempo de espera, estava próximo o momento de fecharmos a prova. Fiquei aguardando alguns metros à frente do pórtico, confiante que logo Nínive apontaria na praia...
Consegui avistá-la... Vinha firme, fritando naquele sol forte do mês de Fevereiro, quanta emoção!!!
Nos encontramos, atravessamos o riacho, nos demos as mãos e seguimos para o portal... Sensacional! Não tem como não amar prova de revezamento!

Depois da chegada nos juntamos às meninas para "trocar figurinhas", todas felizes por suas conquistas. Era tão certo as primeiras duplas concluintes, como dois e dois são quatro.
Mas, quando saiu a parcial dos resultados, a confusão foi geral. Erros em várias modalidades, inclusive na nossa. Que situação desagradável! Aconteceram problemas na cronometragem que chatearam alguns atletas e atrapalharam todo andamento da premiação. Graças às marcações manuais as correções foram feitas e tudo se resolveu, mas até lá foi muito sol na cabeça...
Então, ficou decretado que Simone e Nínive conquistaram de fato o 2° Lugar Geral Dupla Feminina.
Não encontrei o resultado na internet, por isso não tenho o registro dos tempos.

Os atletas puderam desfrutar de uma boa infraestrutura. Foi satisfatório o trabalho da organização com relação à hidratação. Foi oferecida uma boa variedade de frutas (melancia, banana, uva, maça), muita água, isotônico e até cappuccino. Portanto, a equipe organizadora está de parabéns!!

Sabemos que a corrida não foi perfeita, mas será que alguma é? Com certeza os acertos superaram as falhas. Em cada experiência um aprendizado, e assim a organização vai tentando evoluir e atender as expectativas de todos os apaixonados pelo esporte.
O percurso é lindo, a vontade de acertar das pessoas envolvidas é grande, sabemos disso, então continuaremos prestigiando esse evento desafiador porque vale a pena. Que venha 2016!!

Obrigada pela visita, bons treinos e até breve!!!