UM MERGULHO NA SAUDADE

Depois da meia maratona de floripa passei a sentir-me mais confiante.Vieram mais algumas corridas rústicas nos meses seguintes, vou fazer pequenos resumos de cada uma. Bora viajar nas lembranças, recordar e reviver o que nunca será esquecido...

Corrida Rústica em comemoração a Emancipação Política do município de Palhoça (asfalto) 5,5km Abril/2012: Corrida simples, com percurso forte devido a subidas de tirar o fôlego, mas com um ambiente super agradável, já que acontece também corrida/brincadeira para a criançada. Resultado 25m22s

Corrida da Inplac (asfalto) 16km!? Jun/2012: Essa não foi minha estréia nessa prova, a primeira participação aconteceu em 2009 (vou contar essa história em outro post). Essa corrida teve um sabor todo especial, marcava o retorno de minha amiga Similiana depois de uma contusão, estava enfim, formado o trio que tanto idealizamos! 

Percurso longo, com subidas, mas com um belíssimo visual. A largada aconteceu no município de Antônio Carlos (os atletas são levados até lá de ônibus) e chegada na Inplac, em Biguaçu. 

O trio se classificou na categoria atletas de Biguaçu, Chaiane 2°, eu 3° e Similiana em 4° lugar.

Conhecer o percurso ajuda muito na hora de traçar uma estratégia, sem falar que correr em casa é sempre muito prazeroso. 

Essa corrida não foi nada fácil, vinha de uma gripe e não estava 100%, no fim já estava quase me arrastando. Não teve registro do tempo por chip devido a problemas com a empresa contratada, ficou a marca do meu relógio: 1h23m

Corrida pela Cura (asfalto) 14km Jun/2012: Pense num dia frio, pois é, estava mais frio ainda. Correr os 14km não foi nada  perto do frio que fazia, enfrentá-lo foi o grande desafio, principalmente pra quem não curte muito o inverno. A prova aconteceu na Praia dos Ingleses, organizada pela Academia I9. Trago ótimas lembranças porque foi estréia de minhas irmãs, Silvia e Sandra, em corridas de rua, e pelo meu pai que também compareceu para assistir as filhotas atletas. 

Sentia-me muito bem, a corrida fluía perfeitamente, estava motivada, concentrada, só que no último km, para assegurar minha posição (5°no geral) precisei acelerar ainda mais. Hoje acredito ter ido além de meus limites, cheguei me sentindo mal, muitas náuseas e chegando as “vias de fato”. Foi constrangedor, fiquei envergonhada, mas como diz a grande maioria dos colegas,“faz parte”. 

Esse fato ofuscou um pouco o brilho da minha conquista, mas não deixei de curtir cada minuto. A prova premiava até o 3° colocado no geral, então fiquei com o 1° lugar na minha categoria. Resultado: 1h13m02s

 

 

                                                                    Minhas manas.

                                                       Aqui já estava difícil segurar as náuseas...cheguei enfim.

POR QUE ALGUNS CORREDORES VOMITAM DURANTE OU APÓS AS CORRIDAS?

Sirlene Pinho (3° colocada na Maratona do Pan Americano realizado no Rio de Janeiro) já vomitou e Valmir Nunes (Ultra maratonista Campeão da Badwater) também já vomitou....Os dois profissionais...

Achei uma explicação dada pelo médico do esporte, Dr. Páblius Staduto Braga, ele respondeu: "Nos esforços intensos de longa duração, a glicose, fonte principal de energia nesta modalidade, começa a diminuir à medida que o tempo de esforço passa. Esgotam-se, também, as reservas que estão nos músculos e fígado, denominadas glicogênio. Com o esgotamento desta fonte, os hormônios do corpo como adrenalina, cortisol e insulina, tentam manter a glicose para suprir sua necessidade. A fadiga torna-se mais intensa e alguns sistemas corporais passam a não funcionar bem. Como o sistema digestivo limitando a boa absorção de nutrientes. Lembre-se que o foco principal é o músculo. Para que você consiga repor a glicose, a água, o sódio e o potássio, os suplementos devem ter concentrações adequadas dos nutrientes, senão ocorre má absorção e mal-estar. Os suplementos de glicose não devem ultrapassar a concentração de 8%, mas algumas experiências com maratonistas recomendam concentração de glicose de 6%. Considere também estes fatores: como foi sua noite de sono na véspera da prova, se a alimentação foi adequada, se as condições climáticas para a prova eram boas, se sua semana de trabalho e treinos foi intensa ou extenuante, por exemplo". 
Ah, agora sim....acho que começo a me convencer....Vomitar, ao contrário do que muitos leigos acreditam, não significa estar em condição física ruim, não significa estar desidratado, não significa estar além do limite...pelo menos não significa só isso....Muitos outros fatores englobam o fato de vomitar após a prova. Não dava para acreditar que um atleta como Valmir Nunes ou Sirlene Pinho pudessem estar despreparados ou cometessem o erro de estar desidratados...As condições climáticas também influem.. e muito...Treinar mais do que se devia e  acabar correndo no dia da prova fadigado, cansado, também influencia.

Portanto, vomitar pode ser normal. É claro, que deve-se ficar atento... e caso a coisa seja contínua, o ideal é procurar sempre um médico, até porque cada caso é um caso.

O lema é: CORRER BEM PARA CORRER SEMPRE...mesmo que seja vomitando...rs...

Pesquisa: Blot Just run! Luciane Casanova.

 

A próxima competição foi a K42 Bombinhas Adventure Marathon by asisc, mas essa merece um post especial, pois se trata de minha “menina dos olhos”. Vou trazer o relato que fiz na época e relembrar detalhes valiosos.

Concluindo:

Não faço treinamento específico, não faço parte de nenhuma assessoria esportiva, é sempre muito difícil e complicado manter uma regularidade nos treinos, e isso não é nada bom. Sei da importância de uma orientação por parte de um profissional de Educação Física, e é o que recomendo. Hoje, quem sabe, eu já tivesse evoluído muito mais, ou não... Porém me sinto tranqüila quanto a isso, pois faço tudo que posso dentro das minhas possibilidades. Assim vamos adiante, correndo e renascendo.

Bons treinos e até breve!